Seja
em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, as bicicletas figuram entre
carros, motos e ônibus. A disputa por espaço é digna de Davi contra Golias e
quase sempre, as “magrelas” – como as bicicletas são chamadas – levam a pior.
O
boom das bicicletas é reflexo da onda de sustentabilidade e conscientização
sobre os meios de transportes limpos. Somado a isso, o ao alto custo da
manutenção dos veículos automotivos e ao trânsito cada vez mais caótico. A
frota de bikes no Brasil já é a sexta maior do mundo, segundo dados da
Secretaria de Transportes Urbanos.
Juntamente
com o aumento do número das bicicletas no país, houve também elevação no número
de acidentes e mortes. Entre 2001 e 2010, foram registradas mais de 500 mortes
com ciclistas em Pernambuco de acordo com um estudo realizado na Universidade
de Pernambuco (UPE).
Com
as magrelas entre ferozes motocicletas e carros, os ciclistas se apequenam e
vivem a insegurança no trânsito. “Falta espaço para nos locomovermos com
segurança. A faixa de ciclovia que tem na cidade não é suficiente para quem
utiliza bicicletas. Quase sempre tenho que dividir espaço com carros e motos
para chegar ao trabalho” afirma o auxiliar de escritório, Ivan Yamakawa de 26
anos.
Petrolina
possui ciclovias – espaço destinado ao tráfego de bicicletas - na Avenida da
Integração, Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio e Orla, mas segundo os ciclistas, o espaço não é suficiente para garantir
uma pedalada segura.
Ciclovias são limitadas e abrangem circuitos limitados (Foto: Gazzeta) |
A
estudante de Medicina, Mariele Nascimento, de 21 anos vê na bicicleta a melhor
forma de locomoção para a faculdade. “A passagem de ônibus está muito cara, vi
na bike uma forma de ser mais saudável e de economizar dinheiro. Sinto medo
quando tenho que andar fora da ciclovia e atravessar avenidas, porque não há
sinalização adequada nesses lugares.”
Os
desafios e medos são compartilhados com quem utiliza as bikes para a prática
esportiva. “Usamos os equipamentos de proteção e equipamos a bicicleta, mas
muitas vezes as pessoas não nos respeitam. Geralmente pedalamos à noite e é
mais perigoso ainda. Temos que contar com a sorte” revela João Moreira, 21,
estudante de Educação Física e ciclista amador.
A
insegurança dos ciclistas é uma consequência da falta de uma legislação eficiente
sobre esse assunto e elas não são homogêneas. Recife possuiu uma, São Paulo
outra...enquanto em Petrolina não há.
Maria Yamakawa
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