quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A busca por espaço no trânsito



 
Ciclistas enfrentam luta diária por espaço (Foto: euvoudebike.com)
Seja em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, as bicicletas figuram entre carros, motos e ônibus. A disputa por espaço é digna de Davi contra Golias e quase sempre, as “magrelas” – como as bicicletas são chamadas – levam a pior

O boom das bicicletas é reflexo da onda de sustentabilidade e conscientização sobre os meios de transportes limpos. Somado a isso, o ao alto custo da manutenção dos veículos automotivos e ao trânsito cada vez mais caótico. A frota de bikes no Brasil já é a sexta maior do mundo, segundo dados da Secretaria de Transportes Urbanos. 

Juntamente com o aumento do número das bicicletas no país, houve também elevação no número de acidentes e mortes. Entre 2001 e 2010, foram registradas mais de 500 mortes com ciclistas em Pernambuco de acordo com um estudo realizado na Universidade de Pernambuco (UPE). 

Com as magrelas entre ferozes motocicletas e carros, os ciclistas se apequenam e vivem a insegurança no trânsito. “Falta espaço para nos locomovermos com segurança. A faixa de ciclovia que tem na cidade não é suficiente para quem utiliza bicicletas. Quase sempre tenho que dividir espaço com carros e motos para chegar ao trabalho” afirma o auxiliar de escritório, Ivan Yamakawa de 26 anos.

Petrolina possui ciclovias – espaço destinado ao tráfego de bicicletas - na Avenida da Integração, Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio e Orla, mas segundo os ciclistas, o espaço não é suficiente para garantir uma pedalada segura.

Ciclovias são limitadas e abrangem circuitos limitados (Foto: Gazzeta)
 
A estudante de Medicina, Mariele Nascimento, de 21 anos vê na bicicleta a melhor forma de locomoção para a faculdade. “A passagem de ônibus está muito cara, vi na bike uma forma de ser mais saudável e de economizar dinheiro. Sinto medo quando tenho que andar fora da ciclovia e atravessar avenidas, porque não há sinalização adequada nesses lugares.”

Os desafios e medos são compartilhados com quem utiliza as bikes para a prática esportiva. “Usamos os equipamentos de proteção e equipamos a bicicleta, mas muitas vezes as pessoas não nos respeitam. Geralmente pedalamos à noite e é mais perigoso ainda. Temos que contar com a sorte” revela João Moreira, 21, estudante de Educação Física e ciclista amador.

A insegurança dos ciclistas é uma consequência da falta de uma legislação eficiente sobre esse assunto e elas não são homogêneas. Recife possuiu uma, São Paulo outra...enquanto em Petrolina não há. 

Maria Yamakawa

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