Editorial
O
jornalista Geneton Moraes Neto, ao
definir para a revista “Pensamento”
as dez coisas que aprendeu sobre ser jornalista, reproduz a famosa frase da Primavera de Praga:
--- Acorda, Lênin: Eles enlouqueceram!
Só que modifica a expressão para:
---
Acorda, Gutemberg: Eles enlouqueceram!
O que o jornalista quer dizer é que é possível fazer jornalismo vivo, criativo, interessante e que não se pode deixar os dinossauros das redações acabarem com os sonhos de quem acredita nessa forma de jornalismo. Dentro desta questão e entrando também no ambiente acadêmico, o conselho de Geneton Neto também pode nos fazer pensar sobre a necessidade de que o jornalista em formação (aluno do curso de jornalismo) precisa se desconectar dos referenciais teóricos ou de pensamento interesseiro (estágio) para compreender o jornalismo em sua prática, ultrapassando as portas da universidade e aplicando tudo o que viu, ouviu e produziu em meios de comunicações reais, que fazem parte da sua realidade.
Essa iniciativa da visita de acadêmicos aos meios de comunicação deve ir além da observação e entrar no campo crítico, questionador e pensante. E foi dessa forma que os alunos do sétimo período do curso de Comunicação Social – Jornalismo em Multimeios da Universidadedo Estado da Bahia (UNEB) realizaram nesta segunda-feira (28) uma aula-visita à sede da Tv Grande Rio em Petrolina. Os alunos, na semana passada, também visitaram a Tv São Francisco, que está localizada em Juazeiro.
O motivo principal da visita era conhecer como funcionam os setores que fazem parte do jornalismo da emissora e também dialogar tudo que foi aprendido em sala com os responsáveis pela programação. Na oportunidade, o diretor de jornalismo, Elizandro Oliveira, apresentou, tirou dúvidas e respondeu aos questionamentos da turma de cerca de 20 alunos e da professora responsável pela disciplina, Fabíola Moura.
Um dos assuntos abordados e que tem relevância especial para este blog, diz respeito ao uso das redes sociais na produção das pautas da emissora. É inegável que estamos na era do repórter multimídia, do produtor multimídia, do jornalista sentado, do analista de redes sociais, dos blogs, comentários, twitter e Facebook. No entanto, a discussão sobre o uso dessas ferramentas ainda gera polêmica e beira até a discussão sobre a própria indolência do repórter ou produtor. Seriam os dinossauros aos quais Geneton se referia? Dificuldade de adaptação? Nada disso? Só os consumidores dirão. Porque jornalismo é feito para o povo e pelo povo. E se o povo clama por Facebook?
Fotos da visita da turma do 7º período da UNEB à Tv Grande Rio
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